December 20, 2011

Orion em irmã de Luar


Porque não posso ser-te, cintura
celeste que me negas tão profundamente
quanto mais te amo?



Se sempre te dei do quanto era
sempre te mostraste a mim como
o mais valente guerreiro e, contudo,
tão delicado quando
os brilhantes diamantes que te fazem
mais que pérola e incandescente
da meia-nocturna.

De beleza e manto de breu te cobres para me não mostrares
a tua face occulta.
A verdade escondida de ti,
a beleza do misterioso que manténs
mesmo após a tua descoberta.

Olho-te ainda admirado
como quando ao primeiro dia em que te mirei.
Em ti te guardaste quando te pedi o allívio
de não ser mais Eu e a verdade
guardaste em sarcófago de pedra
para que não te lê-se nunca os olhos
lagos de gelo e mistica que sempre me negaram
mas que me desejam.

Ver-te rege-me como o que não encontro,
mesmo após tentar sentir-te em verde
e gritar-te ao azul do céu que te queria.

Ignoras-me porém que te quero
e agora as salgadas lágrimas do vazio da eterna procura
rasam-me os olhos que te anseiam.

Revela-te a mim e não deixes mais que
o vazio me tome.
Faz-me sentir Homem e dar-te o que é meu
e que a ti apenas pertense. Deixa-me fazer-te a Parte
que me completa, a minha verdade.
Não largues de minha mão ou me abandones
como te dá prazer fazer-me sofrer.

Três apenas. À cintura espada em luar por pano de diamantes.
Oriente.


Maxwell R. Black
December 20, 2011
03.35pm

December 11, 2011

Banalidades

Apesar de ser uma total banalidade e que não me agrada ver no contexto deste blog (pela sua natureza banal) não deixa de ser um desabafo de quem vê a falta de coordenação e incompetência sem que nada possa fazer para o corrigir.
É referente à alteração de Horários introduzida na CP e posta em vigor ao dia 11.

Horário visto, mudança de hábitos:

Para as aulas:
- Apanhar SEMPRE o Reg,
- O autocarro das .20 (quando o há) caso contrário a pé;
- Acordar meia hora mais cedo (min);
- Sair da última aula 30 minutos antes;
- Apanhar o suburbano as .13 (ou esperar uma hora pelo último);
- Chegar a estação de destino e vir a pé para casa;

Para saídas a 6a e Fim-de-Semana:
- Sair do local entre as 11.30 e as 12.30 (FIM DA NOITE, até a próxima!);
- Metropolitano de Lisboa (com as suas cadências de 20min mais Vmáx de 40Km/h);
- Reg das 12.15 em SA / Sub das 12.59 em Oriente / Sub das 12.46 em Entre-Campos;
- Estação-Casa a pé.

Em suma:
- A alteração de horários da CP só me faz perder os autocarros da RL (wtf??);
- O tempo de viagem (unica) ao centro de Lisboa sobe dos 25 minutos para cerca de 35/40 sobre carris e de 15 minutos para 25/30 onde deixa de haver autocarro, totalizando um extra de meia hora na melhor das hipóteses e sem contar com tempos de espera;
- Passa a haver comboios na Linha de Cintura só é pena é o resto das actividades não estar perto desta;
- A noite acaba às 11.30 caso contrário passa-se em Lisboa e sem abrigo até as 6.30 (7 horas de mendigagem, meio dia de trabalho);

Pode ter até ter sido uma boa alteração para as Linhas de Sintra e Cintura mas, mais uma vez, que fica na merda é a Linha do Norte.

November 25, 2011

Bitterness of green

There are these moments
wen you see nothing
blinded by what I can only describe
as rage.

I rises up your entrails
burning like acid fire of green
and the only rational though to mind
is where to burst the boiling lava
that fills your nostrils with the stench
of ignorance and oblivion.

So sudden as the first lightning bolt
that strikes with precise deadlines
just before the rain.

They just happen, these surges.

and then they cannot stop staring.
Why do they silently mock you
with eyes like spears covered in poison.

And the sound. That loud sound that
helps drown the thought
with barren words of pain.
Rugged words as hard as wood
and cold as iron that muffle
your… you.

Promises of nevermore?
A no-when filled with the taste of
bitter wind that boils as it hits the flesh,
blistering the mind and memories
of a perpetual non-existence.


Maxwell R. Black
November 25, 2011
11.51pm

November 07, 2011

Porque a economia interessa...

Em tom de brincadeira começou a discussão mas é uma verdade interessante. Assim, segue a comparação do Euro (€) com o Escudo ($):

- se era 5$ por pastilha, eram 100$ por 20 pastilhas, 200$ por 40 pastilhas

- a .05€ por pastilha, são 1€ por 20 pastilhas.

se 1€=200$4820 significa que, com 1€ comprarias quase 40 pastilhas e meia. Uma redução do poder de compra na ordem dos 50%.

Estarei a fazer as contas erradas? :\

October 03, 2011

Olá.

Tu não me conheces e eu também não me recordo de te conhecer mas precisava falar contigo. A verdade é que nem sei exactamente o que te quero dizer nem a que propósito mas senti apenas uma súbita vontade de te largar umas palavras sem olhar muito onde caíam. Sabes, tenho vontade de ver-te. Desde aquele dia em que te vi andar solo no metropolitano ficaste-me na mente. Diria até que tenho saudades disso. Anda, vamos passear o meu cão como pretexto e ter daquelas conversas intermináveis ao som da noite. Eu pergunto-te como estás mesmo, como está o teu namorado e tu contas-me tudo: as tuas aulas e como conseguiste passar a membro efectivo do grupo, os problemas com o teu pai protector e pedes-me concelhos sobre como voltar a conquistar um velho amigo. Enquanto isso paramos ali em cima, onde está mais escuro. O vento está forte como sempre mas ali é o sitio perfeito para parecermos dois lunáticos a olhar para o céu como quem perdeu algo. Eu aponto-te onde está a Cassiopeia, a Polaris e Orion e tu perguntas-me qual é aquela estrela quase a tocar o rio, no horizonte, tão brilhante. ‘É Vénus’ digo-te eu, feliz por te ver curiosidade. Vou levar-te a casa mas nenhum de nós quer mesmo ir embora. Mas a tua mãe já chama e amanha tens aulas cedo. Sentamo-nos um pouco na tua escada até me dizeres para te levar à porta. ‘Dorme bem.’
Hoje tem mesmo que ser assim mas amanha dormimos juntos! Prometo-te.
Hoje não se passou muito comigo. Porque eu sou o rapaz a quem nada muda da rotina. Saí a mesma hora, apanhei a mesma carreira. O motorista era diferente mas, naturalmente limitei-me a dizer-lhe um indiferente ‘bom dia’ murmurado enquanto lhe mostrava o passe. Felizmente hoje não estava sol. Esteve antes um tempo tropical: húmido e quente. Embarquei no mesmo comboio e depois no mesmo metropolitano saindo na mesma estação: faculdade. Tudo tão mecanizado ou não seria já rotina. As mesmas aulas de sempre, os mesmos professores e os mesmos colegas. Sempre o assunto da outra, ou conversa da treta como se tivéssemos que ser mais do que colegas de sala. Não vêem que não temos que ser amigos? Salvo raras excepções eu fico feliz de interagir no máximo com um cumprimento! Depois saí das aulas. Fui jantar (uma baguete, sai mais barato). Hoje a minha aula de química foi passada a tentar desenvolver um motor a vapôr! Sim, gente aborrecida... Depois saí, tentei ligar para uns amigos à distância (como todos) para ver se havia alguém com um tempinho disponível para mim apenas. Uns estavam no ginásio, outros a jantar com os maridos e famílias, outros em aulas: ninguém. Peguei em mim e fui até à rotunda nova. Apetecia-me andar. Aquele motor ficou-me na cabeça à falta de melhor quebra-cabeças! Fiz as duas avenidas e parei naquele bar onde estivemos uma vez em que andávamos numa das nossas caminhadas. Confesso que, lá no fundo tinha esperança de estares ali, a minha espera como se soubesses por magia que eu lá estaria também. Sentei-me a comer um gelado (manjericão com lima e franboesa) e comecei a desenhar o maldito motor. Escusado será de dizer que me perdi ali durante hora e meia. Segui para Oriente onde encontrei um amigo. Fomos beber um café por ali. Gosto de andar à beira rio e ver as estrelas. É mesmo o único sitio onde o posso fazer. Segui no último comboio e fiz a minha odeada viagem até casa.
Quando for aí a cima vais mostrar-me tudo! Quero ver a neve cair enquanto formos acampar durante uns dias. Nessa noite dormimos abraçados para podermos sentir o calor um do outro. Quero tocar-te a cara e poder olhar para os teus olhos durante tempo infinito e sentir-te respirar ao meu lado. Ou então levas-me a passear nas ruas obscuras da cidade que só tu conheces para eu poder cheirar a noite contigo e mostrar-te a que cheira. Roubar-te um beijo no topo da ponte mais alta e linda. E, na manha seguinte acordo abraçado a ti a ouvir os aviões rasantes ou contigo a tocares piano para mim e trazeres-me morangos com actimel a cama.
Enfim, num dia banal como todos o que mais te queria dizer era que hoje, como sempre, o que mais senti foi saudade de ti. Vontade de te ter a tempo inteiro, de partilhar contigo. E senti a indiferença do vazio por não te conhecer tanpouco. E é com este pensamento que durmo todos os dias agarrado ao travesseiro e acordo na manhã seguinte e vivo todos os dias a tentar esquece-lo ou encher a mente. Agarrado ao ‘um dia’ mas convencendo-me que esse dia nunca passará de pura invenção minha.
Quero saber de ti. Conta-me! :)

September 29, 2011

S. P.

September 25, 2011

Algum dia...

Hoje lembrei-me de ti. E, de repente percebi o quanto de sentido tem esta música. Someday.

September 12, 2011

I wish I had a river.

And even though it's not really christmas today and for the past week this has been all that's been on my mind.

August 25, 2011

Eu? Animal.

Estou suado. Há semanas que não toco em mim. Há semanas que não sinto a carne, o calor. O tesão de sentir algo a agarrar-me (ainda que seja apenas eu). O toque… O toque é do que sinto falta. O sexo em si, o orgasmo não me diz muito. Nunca fez muito sentido. Mas o toque de lábios, o sentir duas caras encostadas, o calor de um corpo tocado de outro, trespassando a roupa e enchendo o ar com o cheiro estranho e, ao mesmo tempo familiar. Mas a vontade… O corpo pede sempre mais. Mais toque, diferente toque. Vontade de despejar a energia com outro corpo sem perguntas, sem complicações sem ter que perceber que posição gosta e apenas fazer o k tenho vontade. Isso ainda há mais tempo. Não um 'até amanha' ou um 'liga-me'. Mas depois de algo vem sempre a pergunta, a vontade e o querer tocar. E um orgasmo já não chega. Quero outro. E outro. E outro. E o corpo já não acompanha a insaciável mente; vontade. E aí? E aí nada mais resta que reprimir a vontade e, quando a janela de oportunidade se abre aproveitar tudo o que se pode enquanto se tem. A mente manda sempre no corpo. Mas às vezes até a mente manda na própria mente. A mente controla a vontade de sexo desenfreado porque, se assim o fosse, nada mais existia. É apenas uma tentativa de controlo, e a isto se resume a vida.

A alguém que não conheço, nunca vi nem falei mas que sei que entende cada palavra.


Maxwell R. Black
August 25, 2011
10.31pm

August 19, 2011

Rodando qual Nave.

Para, escuta, olha
Sente o peso do metal que no metal ressoa,
qual martelo de Ferreiro de brasa empunhado
à força bruta como metáfora
De vía perdida mas sempre recta
e onde os desvios são coisas abstractas:
um contínuo apenas, um talvez de mudança.
Com um regular pulsar de organismo
aguardo cada batida como de primeira;
uma nova, e outra, e outra…
que para ti que não vês te soam iguais
mas que cada uma é única ao Tempo.
Única, é a palavra.
De viagem em metal se cobre tal paisagem
sempre inconstante mas sempre bela
Realidade única como cada instante
fugaz em liberdade de vida
ausente em significado mais que o que se vê (sente)
e cujo verso é tão efémero e impossível
quando o soar da buzina que se perde
em ecos por entre os vales cobertos de verde
e de onde surgem pequenos vultos
mascarados pela distância e perpétuo movimento
pela via.
Cada metro torna-te mais senhora
de imponente importância
e a cada único sentido
Range, contorcendo-te pela dor que
te assenta em cama a cada instante.
Sente cada batida por entre soltas
de saída e entrada constante.
Freia-te quando em vêz para que não mais
te desgovernes adeante e, por fim,
quando o ponteiro negro tocar o outro
será a tua entrada pela velha pedra de moldura
que te resguarda e de onde te sentirás leve
uma vez mais, sem que os pecados estranhos
te assolem, largados ao vento da agora calma visão.
Se teu Braço de Aço roçar alguma vez mais
a plana do passado então terás em ti teu propósito.



Maxwell R. Black
July 31 and August 19, 2011
05.26 am and 2.49 am respectively.

July 08, 2011

Homenagem ao Space Shuttle.

Damas e Cavalheiros, hoje é um momento de viragem na História: Realiza-se hoje o último voo do programa Space Shuttle, o programa com que grande parte de nós cresceu a ouvir falar, ainda que do outro lado do Atlântico. Criado pela National Aeronautics and Space Administration (NASA) há trinta anos, o Space Shuttle era o programa americano de exploração espacial, como resposta à 'corrida pelo espaço' entre os regimes comunistas (USSR/Russia e China) e os estados capitalistas com origem na Guerra Fria. O programa de natureza científica consistia em pilotar um dos 6 veículos (Enterprise, Columbia, Challenger, Discovery, Atlantis e Endeavour) até à orbita terrestre (pouco antes do primeiro ponto de Lagrange, penso eu) onde eram conduzidas experiências sobre o comportamento da vida num ambiente cem por cento artificial. O programa como um todo foi uma ferramenta excelente não só no objectivo principal (através do SkyLab) como no aperfeiçoamento do próprio voo espacial e voo espacial tripulado. A muito se ficou a dever este programa e, nacionalidades aparte, há que congratular um grande programa que, apesar de raízes na guerra simbolizam o apogeu humano da Era Iluminada.

Pormenores sobre a missão e veículos pode ser consultada no site oficial da NASA

Vimos nas últimas décadas a decadência e o desinteresse pela exploração espacial: o fim de vida da Estação Espacial Russa MIR, o fim de vida do Telescópio Espacial Hubble (anunciado para 2011 mas prolongado até 2015) e agora o fim do programa Space Shuttle. Vimos, contudo surgir interesse, ainda que bastante menos ambicioso, pela Europa com a criação da European Space Agency (ESA), a criação dos programas espaciais Iraniano e Chinês e a manutenção do programa espacial Russo. A criação da International Space Station (ISS) é agora o único investimento a nível global, apresentando potêncial para crescer. O transporte de bens e passageiros à ISS (antes realizado pelo Space Shuttle e o Soyuz russo) é agora assegurado apenas pelo segundo.

A reportagem do EuroNews:


All in all, é um dia de mudança e talvez alguma melancolia para os que, como eu, são aficcionados pelo Espaço.

June 27, 2011

True

Do you mean all the things you are?
Are you pleased with the way things are?
Wear that dress to protect this scar,
That only I have seen.

Do you give just to please yourelf?
Do you wish you were somewhere else?
Justified all the things you tried,
said that it was all for me.

And be near,
Just for the moment,
Stay here,
Never go home.

Did you know that everything she ever does is for you?
So it goes, the story of a broken heart comes true,
It comes true.

Have you learned all the secrets yet?
Will you burn by the things I've said?
Took the dive just to feel alive,
but never heard the truth.

Now I'm in love but I don't know how
I'm in pain cause I want it now
As I sit watching her eyes close,
I slowly open mine.

And be near,
Just for the moment,
Stay here,
Never go home.

Did you know that everything she ever does is for you?
So it goes, the story of a broken heart comes true, comes true.

I am so confused by this.
I know that life is hit or miss.
Days are stung by too much sun,
I think that you may be the one.

Cover yourself up in me,
Shrouded in what could have been.
I will listen to your pain,
if you listen to me.

Did you know that everything she ever does is for you?
So it goes, as the story of a broken heart comes true,
Did you know that everything she ever does is for you?
And I know, the story of a broken heart comes True,
Come true,
True,
It comes true,
True.


June 22, 2011

Voltou do arranjo o meu relógio de corda que se estragou no Porto. It's time.

June 08, 2011

Um dia, por entre rosas vermelhas descobrir-te-ei e, por fim sentirás que nada mais existe que não as sólidas areias do tempo cristalizado e que o metal que não mais tornará. Apenas ambos em tão intenso sentido que as estrelas em redor colapsam em fogo de artifício com as cores do Universo e as cadentes resplandecem em enxame por tecido de Orion.



Maxwell R. Black
June 8, 2011
02.42 pm

May 28, 2011

Tempestis.

Calor. A savana africana ressalta nas gotas de suor da minha branca tez aquecendo-me como Sol. Mistura-se da minha àgua com a que jorra de cântaros aos céus e cuja intensidade gradual augmenta, accompanhada ao de leve pelo pouco intenso trovão, também este parecendo vibrar cada vez mais alto. Plúvia bate em chão de pedra soltando-se em mil pedaços e largando ao ar cheiro de terra e de noite enquanto se não esccorre e absorve o pó do ar. A cinza branca, condensação sem abertas, é tapete para ti, irregular mas de onde a Divina do Trópico canta em voz tão profunda quanto a gargantua em Mar revolto de Tempestade; tu és.



Maxwell R. Black
May 28, 2011
03.10 pm

May 21, 2011

One thought.

Às duas da manha, a caminho de casa, ver um sapo na calçada saltando de um relvado regado para um arbusto. São coisas destas que me fazem feliz!! Um sorriso rasgado e uma sensação de equilíbrio. A razão porque acordei de manha.





Maxwell R. Black
May 21, 2011
03.25 am

May 10, 2011

November.





'Close your eyes.'



'I will.'

May 06, 2011

You and I.

Goodnight.

The Lone Traveller.

As I look behind and walk forwards
I see nothing but a blur.
Something that one was as sharp as a knife
and yet it forced itself out of existence.

The sound of steel against steel
and the light ahead, in the darkness of night.
For the sun has long set
and now, only the void of Space and the stars
shine in the sky.

The traffic lights shine against the black velvet
and yet, here, in the far end of the platform
you are as small as a snowflake on a white blanked.

Our goodbye was a simple hug
of ‘see you later’
and now I cannot bare that that was the last time
I’ll ever see your face.

And you-- like so many before
moved on.
Just--moved on--

How is it possible that none of you misses me?
Not a single soul wonders what it is like to be
the one looking, wishing--

How could I be a fool believing
this time it would work out,
that I had found The One
even though I’ve seen there’s no such thing out there?
Shame on me for believing in such nonsense.


I’ll keep the memories but I’ll finely let
everyone go.
I am DONE. I’m done running. I’m done walking.
I’m done wishing and dreaming and thinking.
Done hoping every new you will be different
and that it is time to be thought of.

I’m trying so hard not to care, not to feel
that I end up feeling what is not supposed to be felt.

I want to burn every memory of you.
The bridge, the rose, the scarf, the dance on the top of the world
I try so hard to make them just good memories
of two people that shared a week of pure love.
and then I remember it is no longer real.

So hard to be strong.
Because, in the end you also teached me something;
so much.

Maxwell R. Black
May 6, 2011
01.43 am

May 01, 2011

The little boy who Jumped.

It happen one day
on a land as far as the imagination can bare
a young boy, who had always lived in his small
village by the sea wondered
how wonderful it would be
if it were possible to navigate
the stars as you navigate the sea.

In the wet sand of the shore
he sat at nigh and look up.
And he thought
‘How can it be that no one sees what I can?’
for he had always been told
that the sky up above was just mere
point of light far into space.
Yet, when he looked up he saw not that.

The array of colours was as spread
as the eye could see.
Like fireworks flashes of red and green and blue
rushed across the sky in a twinkling ray
that seemed as strong as fire against the deep canvas
of dark. As close or as far the gravity
of the movements could be felt as a little tingle
all over the body.
You could almost see the belts of ice and primordial rock
float in perpetual harmony in vastness
going from light to light.
You could hear a constant low buzz
in your ears that was Light passing you by.
Ancient light as old as the Earth and the Sun
that, for that impossibly short moment was you.
You could almost touch every corner
of the Celestial Dome, caress with your bare hands
the flames of a Star.
It was as if a magical symphony was there
constantly changing forever.
There to be heard and seen and touched.
For one moment and one alone one note sounded
and forever it was lost, not to be played ever again.

He wondered how was it possible
that no one was aware of this impossibly big thing
they were part of! How can it be
that something so obvious and simply beautiful
could be discarded as trash, forgotten
and simply called Utopian.

How can people go about their lives
thinking of clothes and when to eat
and what will someone think of me if I simply stop
to look when there is this noise
this music playing al time above us?
Deafening sounds and feelings every split second.

He got up so suddenly in the rush of sea
that died on the sand.
looked up and then to the horizon
took a deep breath while closing his eyes.
A gush of wind rustled against him
hair moving with it
and then he jumped.
Just a small jump in hope
that the Laws no gravity for once
stopped in gratitude to let him fly.
but to his surprise the feeling of relief
in his feet was but a moment
and soon he felt the air flowing up as he
fell back to the sand.
He felt disappointed in himself
for not trying hard enough
not jumping high enough, with enough strength.
Not believing enough.
And he gadder his thoughts and strengths
and jumped once more
with all his will power.
And fell again.
And so he tried to jump as high as the sky
over and over and over
thinking that, that time would be the one,
that this time he would be able to go back home
and travel among the intricate fabric of Everything.

The little boy who Believed.
The little boy who Jumped.


Maxwell R. Black
May 1, 2011
05.40 am

One Drop (origin)

There are thoughts that, even if you try to hide them inside a box, on the darker corner of your mind they refuse to stay and come back to haunt you. Because it is they who you are and it is to them that you live. Saiiling the Universe and reaching the furdest of star. There is no way I can live a normal life. Not a chance I'll give up the Planets for anything on this Earth. I am a dreamer, a seer of what Could be. Yes, I am not real and I don't think I'm ready to give that up. I don't think I'll ever be.

April 25, 2011

Angels in America

From the interpretation, to the script to the editing this is what reality is all about: the feeling-- That realization that comes to you in an instant: the moment of revelation. Those small moments where your life completely changes so rapidly that you cannot possibly deal with it.

April 21, 2011

So many! So many people I have left behind already and yet their faces burn in my memory as an exploding star, brighter then the sun in the sky, brighter then the coldest star in the universe and yet, so dark as the darkest pit of the galaxy.
The emptiness is so vast that there is nothing I can do to stop it. All around me seems to spread like a virus. And yet I remember.
What have I forgotten? Who can’t I remember? What is the face that is missing in my memory and that now seems so important as life itself? That unknown face burning on my mind as the stars collapse and, right there, in the end of Everything is with me? I know you. I always did. But, who are you? Who are you? Who are you?
All this time I’ve been searching and yet I feel you. It is you who has always been here, close, watching, not interfering. Watching every tumble I take and patting my head every time I cry. And yet I cannot see you. Cannot remember you. I can only feel the lightness of your touch when I breath, when I see the most beautiful things of the Universe, those things that only I can see. Only We can see. But I cannot se you. What am I missing? Is it you that I am missing?
The room is empty and yet I feel all the air being drained. My sanity with it. Where to? What is happening? I can no longer feel what was. I can only feel everything: what was, what could be, what will be; the vastness of nothing and everything. The whole fabric of space and time and matter. My brain is racing. I am racing. Towards nothing and everything. No one racing with me. There has never been. I run too slow and too fast at the same time. And yet I’m stopped. Stopped in time and thought. Suspended from existing. Suspended from knowing the real you. Who? No one and yet Everything!! How can this be? What is it? Is it real? Where does it end? When will I start dreaming or wake up? When will I fly? Is this it? What can I do? What should I do? When? Where? When am I? Who am I? will I not die? Will you die with me? Please! Do not let me travel alone. Not anymore! Do not breath or see or touch! Just touch me again and breath wind into me. Let me breath, let me see, let me fly and watch over me. BURN ME! Burn yourself against my MIND! INTO ME! Let me see all of you! Let me be all of you! For all eternity! Let my name be burned into the stars! Let then weep for the loss of someone Important! Let them cry! Cry as hard as they can! Cry until the rivers boil and the trees rot and burst into flames and become ashes and dust and nothing! BURN as I do Every single moment of my existence! Burn of sadness and emptiness and moments of happiness! Burn for running away! For running from a Soul as old as the Dust and time itself! From running from yourself! From YOUR Reality: you do not want to be happy. You do not want to be who you are! You just want to keep the same you ever were! Not letting yourself go! Not giving yourself to me but taking me from myself with no protest! Shame on you! Shame on you all who do not know they are burning! And that they’ll always be burning! Burning all of you inside my mind. Inside me! Leaving nothing but ashes and the void. No water to cry, no food to eat, no eyes to see. Just fire under the cold dead skin. Under the cold and dead mind!
Where the cold and the boiling combine into one. And the Tower falls. The point where Reality collapses and there is nothing. STOP looking at me! Stop seeing me!! Stop knowing me! Forget me. Forget what we were! And know that I will never!! My curse is to carry the thoughts and moment and Time itself with me to the end of Time. To the time where none, none of you remembers me, if you ever did.
My curse. MY CURSE! My curse is that I will never be remembered. My curse is that, at the end of Time I will never have been. A Paradox so real that the consequence is obvious. There is no time. There is only one eternal moment. One moment that never was. A person that never was. One million moments of emptiness and nothingness. An explosion of emptiness as big as a thousands Supernovas combined. A never ending moment.


Maxwell R. Black
April 21, 2011
06.40am

April 20, 2011

How do you mourn someone that did not die?...

How do you mourn someone that did not die?...

You hold on tight to your heart so as to not to let it fall apart into a thousand pieces. You think of a good memory with that someone and try to absorb the old feeling of happiness that now seems so light as breeze in an evening sky. For a moment that may last forever your breathing stops because the pain of every breath is as if your chest is filled with iron spikes of words and the emptiness. And, for a moment something may be born. Something as simple as a silver drop of water born out of pain and emptiness: out of you. The old image is now burned into the flesh of your mind and it will be there every single time you close your eyes or go to sleep. It will be your ghost, your past and your present. Because from now on you will have to face that the person you once knew is no longer with you.


To all of those who have felt the loss.

Maxwell R. Black
April 20, 2011
05.11pm

April 17, 2011

Aos Anéis de Saturno (Navegando de mãos dadas.)

Navegamos juntos, pelo silêncio da noite
e, do fundo do mundo ouvimos
os ruídos trazidos das crateras mais profundas
de onde rugem as flamejantes labaredas azuis
em que a força da água se perde em vapor.

Pela via, por de baixo do Gigante Branco
seguem os teus castanhos de avelã
mirando-me com placas de ouro em todo tú
e cujos sorriso curioso esboçado em pergunta
me faz sentir que a verdade é não mais
que uma palavra tola largada ao vento;

ribombando com a força de mil trovões
em pano de seda amarrado na dura madeira de carvalhos.
Oceâno cortado à proa
com a força de centenas de soldados brancos
marchando casa a casa de objecto de mármore.

A brisa sossega enquanto miro por lentes
que em deante se vistará a Tormenta de Apollo
ajudado à ira de Zeus e largando sobre(,)
os Céus quando Atlas vacilar no seu pedestal.

Mão segura à tua, lanço-me em frente.
É bom ver-te sentir o vento quando a liberdade
te não mais chega se não em brisa.
É bom ser eu a dar-ta à boca e tu a mim
num beijo tão simples e vital como o líquido
de sangue e cor tão pura quanto tu e eu.

Quando em nébula não mais há: pára.
E quando os Anéis de Saturno sossegam magicamente
da su inércia milenar quando, por breves instantes
a tua visão cruza os meus olhos de oliva cintilante
por te ver; navegando de mãos dadas.


Maxwell R. Black
April 17, 2011
05.32am

April 15, 2011

Agora.

Eu não procuro mas também não quero ser encontrado. Não me quero apaixonar nem me quero dar a mais ninguém. Parei de me dar. Parei de querer sentir. Agora vivo aquilo para que fui creado e depois morro, sem deixar marca. Resigno-me a viver isolado na multidão. Sempre assim fui e apenas estaria a enganar-me pensando o contrário.

Maxwell R. Black
April 14, 2011
11.37pm

April 02, 2011

O nosso pedaço de pano.

Vazio.
Perdi-te quando te sentia tocar-me
e, agora, pouco mais resta que o teu cheiro
tão familiar e tão distante num pedaço de pano
que se perde a cada segundo, a cada lembrança.

Se pelo menos visses o que sinto talvez percebesses
que nunca te quis magoar.
O porque de não te querer dizer que te amava.
Porque eu tenho que ter a certeza do que digo
e, a partir daquele momento senti-o com certeza.

Não passa uma noite que me não atinja o salgado
doce da amargura de quém perdeu;
Não há um mommento em que me não parta
do único pedaço físico de tua Alma que ainda me resta.
O único corpo de ti que dorme comigo
que me vai na bagagem onde quer que eu vá
para que, a qualquer altura eu te possa cheirar
e pensar que, pelo menos enquanto os meus olhos
se cerram por instantes estamos juntos.

Não mais me posso pegar a memórias
embora te receba e receberei sempre
minha magia, perfeição,
É hoje a ultima vez que te deixo o negro pano
partilhar dos meus sonhos.

Esperar-te-hei ainda, porque vamos ficar juntos no fim;

Despeço-me numa lágrima
esperando que as tuas palavras não sejam elas parte da minha Utopia.

Maxwell R. Black
April 02, 2011
05.09am

Ninguém.

Há quando se pensa se vale a pena viver.
Porque cada pessoa que conhece deixas de conhecer.
Cada vida que tocas é uma vida onde nada
mais és que memória.
E do Real? No real todos partam com falsas promessas.
O meu dilema é, afinal, tão trivial e
ainda tão pouco percebido: memória. Lembranças,
que te forçam sem querer fazer mais.
Estou cansado de memórias falhadas,
dos momentos que foram apenas isso,
da forma tão leviana com que reciprocam ‘Amo-te’.

Mais uma vez, desilusão.
Não com uma pessoa mas com uma espécie a que
se chama de Mundo.

Perdido em terras de Ninguém
sem guia para mim próprio;
Cavaleiro com cavalo de pau,
uma miragem, fantástica, Ninguém.


Ninguém. . . Para sempre. . .

Maxwell R. Black
April 01, 2011
08.56pm

March 29, 2011

Miro-te, janela Verde.

Do topo do mundo mirei
a janela cuja flama resplandecente
brilhava e plena luz das estrellas reflectidas em rio.
Como a protegi do vento eras tu
que, com temor da sua não existência e calor
desci levemente a madeira carbonizada,
cravando-a no peito; espada
de lamina romba e enfeitiçada
cujo verde de musgo molhado cobre
agora a alvenaria em tijolo, usada e gasta
pelo Homem e pelo tempo e pelo vento.
Vento. Que me leva em sopro
e me sustenta não mais pode conmigo.
Se por ter-te não te posso ter então
é quando mais te quero:
Voar num tapete em direcção à Lua
reflectida no espelho de àgua cravado
em disformes metais polidos e esculpidos
com o cuidado de quem faz uma peça única
A dança do Universo cessou no momento
em que os nossos passos se aproximaram
e te hamparei desajeitado…
Quando a magnifica colisão Celeste
largada de pedaços de rocha incandescente por entre
os anéis de cobre e gelo finalmente se extinguir
nada mais que os vulcões de gás e de lava
Oceanos ardentes de verdejantes mantos de flora
vales de àgua alimentada durante gerações
pelo ouro tão bem escondido e o rubro do sacrifício.
O tapete, saída única de mim em mim
torna-se um feitiço perdido e sem retorno
qual esfera transparente e intocável que reflecte cada côr
reproduzindo em si os cristais do arco-íris
e a tapeçaria da História perdida do Reino.
Uma viagem abordo da nave sem marcha-ré
e de onde o azul ‘neon’ do plasma mostram apenas um sentido:
Os anéis de gelo em Gigantes, os azuis de céus perdidos
mantos de lava por descobrir mas sempre em direcção
as Estrellas.

Maxwell R. Black
March 29, 2011
05.57am

March 25, 2011

Vozes me dizem que é simplesmente um teste.
Mais um de tantos que tu e eu fazemos.
A dúvida cresce em mim. Porque me disseste
que não querias isto agora, que te prendo de seres quém
és porque queres ser comigo.
E, se, no entanto, a verdade é a primeira então falhei.
Testas-me em quê? Capacidade de fazer? Reacção?
Sofreguidão? Palavras mascaradas de real deixaram-te.
Mas pergunto-me se o núcleo envolvido por rosas de solidão
será do mesmo material…

Não posso crer que me tornarias por um teste menor
porque ambos acreditamos no fim.
Mas as vozes dizem-me para te fazer ver o fim em vez
da parede em frente. E tu dizes-me que não queres
que te convensa… Assim não sei que fazer…
A tua palavra é, para mim…

Não testes a minha crença na tua palavra.
Porque sou a Utopia que acredita que é possível tocar o Horizonte
Ingénuo e crente no que vejo.
E o que vejo é um fim de linha, término
não sei se de Nós ou apenas de Ti como te conheço.

Não luctes contra mim. Não me afastes.
Porque o que me mostraram até hoje foram promessas apenas
que preferiram deixar suspensas, vendo-me de longe,
sugando de mim o que precisavam e atirando depois fora
sem pensar em mim.

O aguadeiro recolhe as àguas do conhecimento,
absorve-o e deita-as de novo ao Mar, deixando
o líquido ficar o que pretende e ir o que se mostra com essa vontade.
Não mostres vontade porque eu deixo; sou Eu…
Eu sofro em silêncio mas tomo com braços abertos quem retorna:
um filho tem que aprender por si se tomou a certa.

Sou o Utópico errante e crente na verdade das palavras
e, agora, fico sem saber se te creditar ou sentar-me e fazer o teste.

Pick me, choose me, Love Me.

Maxwell R. Black
March 25, 2011
05.15pm

March 23, 2011

Páginas soltas.

Há memórias que gosto de conservar. Porque no fim, tudo o que nos resta são as memórias. As pessoas vão e vêm, os momentos são fugazes, instantâneos, a matéria desfaz-se em pó deante dos olhos e mesmo a própria memória falha. Enquanto sobreviver vou juntando pedaços dos outros e pedaços de mim que me roubaram, agarrando-me em linhas de suporte tão frágeis quanto cristais de gelo em perpétuo e previsível destino de retornar ao liquido.
Permite-me que te cite sem que saibas para que mais tarde eu possa olhar para trás e lembrar-me de um instante em que tive a única pessoa que me garantiu que não ia morrer sozinho.

A consequência da circunstância é privativa da Felicidade até que ponto? Somos o que fomos, o que fizeram de nós e o que nos tornamos mas, nunca deixamos de ponderar, a certa altura, o que aconteceria se a circunstancia fosse diferente. Se não fosse de determinada maneira, o que aconteceria se a circunstancia fosse diferente, ou de determinada maneira ou se cronologicamente, noutro ponto da nossa (e da outra) vida...

"Por vários momentos fixamos o olhar como que a encurtar o espaço físico... a barreira pesada do querer ter, possuir e poder viver! Frustrantes e prazerosos instantes que nos tornavam "simultâneo", para depois acordar para o mundo acordado e embaciado. Perder-me no Verde saciando o meu simples Castanho... Do nada, surpreendido por ti, por mim e pelo que nunca tinha sido dito!"

Mais uma vez, forçosamente, o retorno. Alguém é sinonimo de independência de posse. Traduzindo, se nem a matéria inanimada chega a ser verdadeiramente nossa, como é possivel querer ter alguém, se alguém traduz-se em algo que não pode ser encaixado em simultâneo com um determinante de posse? Ou seja... Duas questões:
Até que ponto temos realmente posse de alguma coisa? E como podemos querer algo como nosso, se esse algo não pode ser assimilado como ser de alguém (porque ninguém pode ser de alguém) e tendo em conta o paradoxo circunstancial que, esse alguém (que não pode ser de ninguém), já pertence a alguém e a alguma coisa?

"Queria ser mais mágico para contrariar o real e o metafisico... controlar para poder escolher simplesmente, ser escolhido... porque afinal, tudo se resume a escolhas e eu sinto que unicamente, eu nunca sou opção viável numa das minhas matrizes de eleição!"

H. Bastos

Hoje sou Eu quém te diz 'Tem um bom descanso nessa realidade do sono, onde tudo é possível... Que os teus sonhos sejam mágicos tal e qual tú, porque dessa forma, eu sei que o teu sono é perfeito! Até já! Beijo enorme! '.

March 22, 2011

'A distância continua a ser a maior barreira do Homem, por mais maneiras que tenhas de falar e vêr. A falta do toque, do cheiro, da vida... Saberes que no outro lado do país está o teu encaixe perfeito e não poderes deixar tudo para fugirem para um Mundo só vosso. A pior dôr de todas é a Perda.'

Maxwell R. Black

March 22, 2011

0
05.09 am


March 16, 2011

Escarpa por voo teu (No Good Deed Goes Unpunished)

E, sem me aperceber
deixei que eu tomasse conta de mim
sem que a verdade que sou em normal
transparecesse.
Apaixone-me numa noite no topo do mundo
com uma rosa e um momento apenas nosso,
Vejo agora o quão levaste já de mim
porque é como se cada palavra que te deixou
esses lábios que a paixão tocou
largasse em si algo seco e duro
que arrancou de novo o que demorei tanto por plantar.

Cada lágrima que me congela as feições
é um grito de dor incessante de carne lacerada
com lâminas sem intenção.
E cada inspiração é como respirar ácido
que mata e seca cada interstício
sugando a Alma da realidade e empurrando-a
cada vez mais ao precipício que ganhou hábito
de chamar Lar. Escarpa gritantemente serena
nos seus nus traços moldados pelos ventos do Passado
que se revela agora transparente.

Num gesto eterno para te salvar matei-me;
ao que te desviou o olhar para mim fiz questão de banalizar
trazer-te não pela inteligência mas pelo habito.
Não é vulgar ter que ser inteligente.
Não é já comum ter que lidar fora do vulgar
largando os fantoches que fingem ter vida
e tornando ao meu mundo (o Real) que te mostrei de relance
ainda que em sombras.
Porque nem eu mais sei qual é, se é que ainda existe.
Fizeram questão de o erradicar de mim.

Não sou Eu o Homem que procuras e apenas tenho pena de te ter feito perder o teu tempo em acreditar eu próprio que o era.


Maxwell R. Black

March 16, 2011

0
2.46am

February 28, 2011

Thoughts to lead nowhere.

You remind me of something like beauty
inner peace that breaths
and a dream he had with her.
He thought this me by of goodnight
was already not realizing
He was a book half written.
Remembrals of non existing days
as if small fairy tales.
He wished they could be his
life and that she was read.

But yesterday was not reality?
and the dream soon became just
another memory of a non existing
person, a non existing place and
a non existing feeling.

Thoughts to lead nowhere.


Maxwell R. Black
08.32pm
February 24, 2011

February 18, 2011

Segura-me, juntos



O dia em que te beijei perdi-te
aos braços de quém mais amavas
e d’onde as lágrimas cahidas não mais te irrigarão
o verdejante mato em flôr de Inverno.

Se te alembrares da verdade
escondida em thi sem que te percebas
ou comprehendas o nevoeiro
como gelo que te cresce em plena
memória da verdade.

Hoje, talvez um dia em que as
cordas do Cello toquem de novo os accordes
para a esperânça de um sorriso teu;
olhos que, também em verdes, miram
o render do Sol à Coroa Celeste
em cinzas e quentes em tella de Espaço.
Quais diamantes em direcção
ao cadente que se te affigura tão
tão longe e, em tempo igual, tão perto.

Se, pela única vez que te vi em chamas
propulsão contra-natura que te ellevam,
em paço mais perto das
Estrellas.





Maxwell R. Black
February 14, 2011
04.20pm

January 08, 2011

Ao sillencio da madrugada, ouvi-te chamar por mim.

Ouvi-te chamar por mim, ao sillencio da madrugada.
Em interrogação segui-te o acorde melódico da tua voz
e serenei ao desenlaçar o arbusto encoberto
pella escoridão da noite, em luar de Lua baixa.
O vento, que até então fustigara as altas copas invisíveis
do céu silenciara-se para te revelar
ao fundo, no cume do planalto de verde quasi perfeito
que ainda se via já illuminado do Gigante Nocturno.

Todo o animal quietou e se recolheu
como sinal de respeito ao te ver luzir por deante
da natura com tremenda nobreza e humildade
enfeitiçada.

Quis-te tocar o corpo macio de cetim encarnado
e juntar-me a ti como um só sem que ambos nos esquecesse-mos
do outro.
Um interminável momento onde a física pára
e a areia se suspende no Tempo. Para sempre.

A interminável melodia da tua voz
em sussurro no meu ouvido
Com a doce e, ainda assim monocórdica palavra de conforto
de quem me lê por dentro e anui;
Eco do Vento trazido de Orionte
.

Maxwell R. Black
January 08, 2010
03.40am

Receber

É tempo já de escolher. Perder o medo de perder e finalmente chegar a uma conclusão.
Os últimos meses têm sido ‘de dar’. Partilhei de mim a mais do que deveria, na espera de receber algo em troca. Um simples ‘Olá’ e um sorriso me bastaria. Dei-me de mais a gente que o merecia. Retive-me quando não devia e larguei ao vento palavras sem efeito, suadas aos ouvidos de quem as deveria ouvir. Acima de tudo foi um ano de perdas. Perdi parte do que era, a cada pedaço que dei da minha ‘alma’ e perdi-os porque, quem os levou mos roubou. Perdi de quem mais importava por duas vezes e deixei que levassem a minha confiança em alguma vez o voltar a fazer. Não o quero voltar a fazer. Não quero voltar a dizer ‘Olá’ sem me dizerem de volta.
Assim, quero fazer desde ano um ano para receber. Porque me cansei de correr. Quém finalmente quizer luctar por mim, não o impeço mas também não facilito. Chegou a altura de re-definir quem realmente é amigo e quem é um mero conhecido sem importância. Sim, é essa a minha resolução de Ano Novo: que o próximo ano seja de receber.

Maxwell R. Black
January 04, 2011
04.13pm