August 19, 2011

Rodando qual Nave.

Para, escuta, olha
Sente o peso do metal que no metal ressoa,
qual martelo de Ferreiro de brasa empunhado
à força bruta como metáfora
De vía perdida mas sempre recta
e onde os desvios são coisas abstractas:
um contínuo apenas, um talvez de mudança.
Com um regular pulsar de organismo
aguardo cada batida como de primeira;
uma nova, e outra, e outra…
que para ti que não vês te soam iguais
mas que cada uma é única ao Tempo.
Única, é a palavra.
De viagem em metal se cobre tal paisagem
sempre inconstante mas sempre bela
Realidade única como cada instante
fugaz em liberdade de vida
ausente em significado mais que o que se vê (sente)
e cujo verso é tão efémero e impossível
quando o soar da buzina que se perde
em ecos por entre os vales cobertos de verde
e de onde surgem pequenos vultos
mascarados pela distância e perpétuo movimento
pela via.
Cada metro torna-te mais senhora
de imponente importância
e a cada único sentido
Range, contorcendo-te pela dor que
te assenta em cama a cada instante.
Sente cada batida por entre soltas
de saída e entrada constante.
Freia-te quando em vêz para que não mais
te desgovernes adeante e, por fim,
quando o ponteiro negro tocar o outro
será a tua entrada pela velha pedra de moldura
que te resguarda e de onde te sentirás leve
uma vez mais, sem que os pecados estranhos
te assolem, largados ao vento da agora calma visão.
Se teu Braço de Aço roçar alguma vez mais
a plana do passado então terás em ti teu propósito.



Maxwell R. Black
July 31 and August 19, 2011
05.26 am and 2.49 am respectively.

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