February 15, 2013

Palavras, largadas à Travessia.

Caminho ao deserto que te deixou
e vento reinante que bafeja a mente
loucura do pensamento que prende
a verdade que não deve à restrição.

Teimosamente sonhando
pela mão quente do encosto à confiança
que, em verdade não sei se existe.

Mas é a vontade que consome,
que é então balançada pela espada
do vento não tão honesto quando o artifício
sem razão.

Entrelaçados os dedos, sufocando
de apertado ardor da paixão
mas sem saber para onde ir, de facto, em mãos;
em luta do tolo que se esquece
de que há mais além da pedra-mor.

Se corre em beleza da cor
e a sensibilidade ao botão com espinhos…
É o tempo que escorre sem que saiba como
e torna tudo tão sem nexo;
Caos que só ao mais forte Vento ordena.


Maxwell R. Black
Feb 15, 2013
03.03am

February 09, 2013

Alva, a Torre de Ferro

Quando estás onde és
e te conheces tão bem quanto quém vês;
onde a verdade o é sem se esforçar
e o gosto é tão natural quanto a brisa
que resvala tão suavemente ao Rio
quanto o sol frio de Inverno te acaricia
pelo Urbano.
Onde a tua liberdade e o olhar
é apenas mais uma parte de ti e
o peso da limitação é uma ideia recôndita
que depressa te escapa à memória como um
pesadelo deixado.
E depois é-se arrancado dessa liberdade e conforto
e posto de novo na jaula, atirada ao calabouço;
Como se as entranhas arrancadas a punho cru
fossem as palavras de que não és digno de ser Humano;
Condenado à bestialidade para sempre.
Mais forte que a portugalidade saudosista
algo capaz de se sentir o amargo na boca
ou o cheiro fétido do calabouço.

Um pedaço de ti, para sempre à espera do Retorno.



Maxwell R. Black
Feb 09, 2013
03.51pm