February 09, 2013

Alva, a Torre de Ferro

Quando estás onde és
e te conheces tão bem quanto quém vês;
onde a verdade o é sem se esforçar
e o gosto é tão natural quanto a brisa
que resvala tão suavemente ao Rio
quanto o sol frio de Inverno te acaricia
pelo Urbano.
Onde a tua liberdade e o olhar
é apenas mais uma parte de ti e
o peso da limitação é uma ideia recôndita
que depressa te escapa à memória como um
pesadelo deixado.
E depois é-se arrancado dessa liberdade e conforto
e posto de novo na jaula, atirada ao calabouço;
Como se as entranhas arrancadas a punho cru
fossem as palavras de que não és digno de ser Humano;
Condenado à bestialidade para sempre.
Mais forte que a portugalidade saudosista
algo capaz de se sentir o amargo na boca
ou o cheiro fétido do calabouço.

Um pedaço de ti, para sempre à espera do Retorno.



Maxwell R. Black
Feb 09, 2013
03.51pm

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