January 09, 2012

Oceâno

Porque nem todo o mar
que revolto bate em pedra
se celebra. O que se vê,
o que se sente é o que
verdadeiramente não importa
pois a refracção em mil
que da luz celeste resulta
rege apenas e só a consciência.

Mas até a espuma da areia se dissolve.
E se esse fluido tão solto
vence o duro então porque não eu?
Difere que eu não te quero luctar
ao invés contigo; ter-te.

E se em tu alma não pertenso,
que bem o sei,
então que raio estou eu a fazer?
Qual é a verdade que mo não digo
e que espero que sejas tu.

Que sentido é esse que me dou
que nem sequer me vejo ao espelho
ou o que vejo é apenas lago
vazio e azul;
A questão, as perguntas continuam a queimar-me
e se te não sentes fulgor então eu
que não comprehendo o que somos.

Porquê ser como àgua e Pedra quando podemos ser um?


Maxwell R. Black
January 06, 2012
06.06am