December 25, 2010

hmmm natal?

Abertamente não sou crente nem ligo muito a este tipo de celebrações. Alias gosto pouco de poluir o meu blog com tópicos sobre o tema (salvo uma ou outra referencia). Mas a verdade é que este anno dei por mim pensando que, para um verdadeiro cristão, a celebração actual do natal de hoje deve parecer tão abstracta como a mim, não o sendo me parece. Porque ambos vemos algo tão mesclado de culturas e costumes que, embora tentem encobrir, trata-se de uma das celebrações mais multi-culturais sendo, no entanto, herança desconhecida da maioria (pelo menos ao que parece). A minha manha de sexta-feira foi passada a decompor a celebração do natal (sim, há falta de coisas melhores para fazer).
Assim, genericamente, podemos dividir o que vemos no natal em três partes distintas: A árvore, o pai natal, e o nascimento de jesus.

A tradição da árvore data, pelo menos do século XVII. Na Inglaterra era comum enfeitar-se árvores de qualquer espécie (não exclusivamente pinheiros) com bolas de papel. Foi na costa oriental do norte dos Estados Unidos da América e sul do Canadá que surgiu a tradição dos pinheiros pelos novos colonos ingleses, que foi, posteriormente trazida de volta para a Europa. Mais tarde, já no século XIX foram adicionadas à lista de enfeites as velas e fitas brilhantes, simbolizando as estrelas do céu nocturno, talvez a Via Láctea, sendo as velas abandonadas em grande parte devido ao risco de incêndio, especialmente sendo iluminação a gás. Com a massificação da electricidade, as fitas deram lugar a luzes brancas que, por volta dos anos 50 passam a ser multi-culores. A estrela ao topo é o único enfeite católico, sendo representante da estrela cadente que terá guiado os reis-magos à gruta onde maria terá tido jesus. Este enfeite não datará de antes da primeira metade do século XX, tradição iniciada também nos Estados Unidos da América. A sua representação foi sendo também ‘anexada’ á tradicional cena da natividade, aparecendo frequentemente em conjunto.

O pai natal, a mítica figura de vermelho é considerada a melhor campanha de marketing alguma vez criada por uma empresa. É já sobejamente conhecida a origem da mítica figura: criada pela Coca-Cola nos anos 40 e difundida ao longo da década seguinte pelo povo americano o velho gordo vestido de vermelho e branco (cores da companhia original desde os anos 20 do Século XX, quando o castanho foi substituído pelo vermelho forte) foi importado para a Europa durante a Segunda Grande Guerra onde se tem gradualmente fundido à lenda de S. Nicolau. De origem grega, nascido no século IV, Nikolaos de Myra é conhecido por diversos milagres e beneficências como colocar em segredo dinheiro nos sapatos de quem os deixava à porta. É um dos primeiros santos da igreja ortodoxa e depois cristã. Foi tornado santo patrono da Rússia e difundido depois pela Europa como santo católico onde o seu nome teve várias adaptações sendo na língua Neerlandesa (falada na Holanda) ‘Sinterklaas’ (adaptado para o inglês ‘Santa Claus’).

Por último, a celebração cristã do nascimento de cristo, proclamado pela religião católica como o salvador da humanidade e enviado de deus para a preparar para o ‘dia do juízo final’. O dia 25 de Dezembro é o primeiro de um período de celebrações católicas que duram até ao dia 06 de Janeiro, conhecidos como Os 12 Dias de Natal. A sua práctica é iniciada no século XII e imposta à população Europeia durante o século seguinte pela Inquisição. Os doze dias de natal têm por base a cristandade ortodoxa mas misturam a católica. Resumidamente é um período iniciado por uma celebração de Natividade que acontece na noite do dia 25 de Dezembro pelo calendário Gregoriano ou na de 07 de Janeiro pelo calendário Juliano, e finalizado por uma celebração de Epifania. Segundo consta (e preparem-se porque vem a enunciação do que se celebra em todos os dias), a celebração da natividade dura três dias. O primeiro celebra a natividade de cristo, a adoração aos pastores de Belém e da chegada dos reis-magos (este último acontecimento varia do dia 25 para o dia 06, dependendo do ‘ramo’ religioso). O segundo comemora maria na fecundação virgem. O terceiro é dia de banquete para celebrar o Proto-diácono (Primeiro Diácono) e o Proto-martir São Estêvão (primeiro mártir da igreja católica). O quarto dia (29) é a Festa dos Inocentes (de um massacre relatado no evangelho de Mateus), a festa continua até ao dia 31 de Dezembro. O Sábado seguinte à natividade é comemorado com a eucaristia (vinho e hóstea) e a leitura de partes da bíblia, o Domingo tem a sua própria missa em honra José, David e João. Dia primeiro de Janeiro é o banquete celebrando a circuncisão de jesus e São Basílio, o dia 02 é a antecipação da Epifania. O dia 05 é dia de Jejum em que os crentes não podem comer até que a primeira estrela se levante no céu (similar ao que se faz (*cof cof*) no dia 24 de Dezembro). Na manha do dia 06 celebram-se as Reais Horas, em seguida a Liturgia de São Basílio e, posteriormente a Bênção das Àguas (o baptismo de jesus). A noite de dia 06 é noite de vigília até ao amanhecer de dia 07. Com o fim da inquisição e entrada na Épocha Illuminada as celebrações entre o dia 25 e o dia 06 caíram em desuso em grande parte da Europa sendo muito poucos os que seguem a risca a festividade.


Assim, não vejo como é que ainda há quem diga que o natal é cristão e depois se esquece do resto das cerimónias, que monta feliz e oblívio a sua àrvore de natal e venha dizer que é católico fervoroso (sim, eu conheço exemplos)… Não me cabe que, ao fim de um milénio de História… ainda me venham dizer que Deus é Deus…

Enfim, citando quem sabe: ‘Duas coisas são infinitas: o Universo e a estupidez humana, e eu não tenho a certeza quanto ao Universo.’.

Maxwell R. Black
December 26, 2010

December 21, 2010

Just a meaningless rumbling.

Eu não tenho propriamente ‘amigos’. Tenho pessoas em quem Eu checko de vez em quando se estão bem, ou o que têm feito mas não propriamente ninguém com quem faça coisas, ninguém que veja todos os dias, ou alguém a quem diga bom dia todos os dias… Falo com muita gente. Tenho alguns conhecidos mas… falta qualquer coisa. Faz falta aquela pessoa que convidas para partilhar um balde de gelado a meia-noite, ou para dar um passeio à chuva… É estranho ouvir gente dizer que foi com o amigo almoçar no outro dia, ou que o amigo passou na faculdade e ficaram a tarde toda a falar. É como se estivessem a falar de um país muito distante do qual só oiço histórias mas nunca o vi no mapa. Ainda assim há quem consiga ouvir-me realmente a voz (tem dias) e, pelo menos empatizar. Agradeço. É pouco mas é algo. Still falta-me quem, do nada me diga um olá. Nem sei bem o que isso significa. Talvez nem seja nada disso que estou a procura. E, ainda assim, é a melhor definição que tenho. Bem, whatever, hora de voltar para a minha musica que, de resto, ainda é a única coisa que me enche… Just a meaningless rumbling.

Maxwell R. Black
5.58pm
December 21, 2010

December 17, 2010

' completa a frase: "If I had you..." =) '

‎'If I had you -- I would no longer be half of myself for you would make me more Me then I could ever be on my own. If I had you I'd no longer need to drink or see or hear, because your words would be my only water of life, your eyes of green would be my sight walking forwards together and your sweet breath by my ear at night would fill my soul as every beat of my heart for you. If I had you-- oh, if I could only have you.'

Maxwell R. Black
December 17, 2010
03.56am

December 09, 2010

Largado ao Mar Celeste

Uma vez sussurrei-te ao ouvido
sem saberes que era eu ou que era para ti
se repararias se eu desaparece-se;
E num silêncio mudo respondeste-me
sem uma única palavra.
Soube aí que todas as minhas palavras
eram, na verdade silêncio em si
E que cada som que eu tomava como meu
Nada mais era do que um bafo transparente
emanado no desespero de ser ouvido.

E depois pensei:
ao menos que não me ouves, pensarás?
mas quatro eternos sóis passaram
por baixo da esfera celeste
brincando com a rima das constelações
e orbitas perfeitas e nada que não
o mesmo silêncio teu a mim chegou.

Não pediste para que eu te tentasse
mas, ainda assim não negaste.
O teu politicamente correcto desapegado
é-me tão intenso e no entanto doloroso
porque sei o que é sê-lo mesmo
sem poder falar; Sei o que é ser abandonado
deixado caído e ferido,
amputado de mim mesmo… Sei-o bem de mais.
Não conheço não sê-lo.

Maxwell R. Black
December 09, 2010
01.11pm

December 03, 2010

O Segredo. (Um pedaço de mim em ti.)

Como posso eu amar-te se a cada passo que dou
retrahis-te cada vez em ti.
A cada gota que troveja em eterna velocidade
retorno ao nosso passado; apenas eu.
Se a cada silencio pela madrugada te espero
e em mim sinto que te gosto.

Verás algum dia que não te quero tratar por mal
mas apenas ver-te como real,

Beleza, rainha que te impede de te veres
e torna-te tão mais sensível que não sentes a teu redor.

Poderia eu esperar-te por mil luas e sóis
em gotas perdidas ao céu e flocos de branco cahidos na verde relva
e, ainda assim, nunca te veria sem te esconderes
por trás de ti própria.
Poderia até fazer juras de amor sem que alguma vez soubesses
o que deveras vejo nos teus olhos cor de nuvem
e até fazer-te serenatas à janela perdida num de tantos edifícios ao mundo.

E, por mais que pense em voltar-te, falta-me a força
porque me fraquejam as cannelas e cahio sem amparo ao asfalto
que cobre os tijolos a Oz.

Contudo, ao saber-te melhor sei que fiz bem
pois continuas a saber que sempre que as tuas próprias forças
te abandonarem e fraquejares, então eu estarei lá
para te amparar, herguer; Mirar-te a Alma de frente
e dar-te sem palavras a minha força,
um pedaço de mim em ti.

Maxwell R. Black
December 03, 2010
04.07am

Ramblings

You are everywhere, all the time and I can't have you everywhere all the time not when I'm trying not to think of you! So please stop following me.