January 08, 2011

Ao sillencio da madrugada, ouvi-te chamar por mim.

Ouvi-te chamar por mim, ao sillencio da madrugada.
Em interrogação segui-te o acorde melódico da tua voz
e serenei ao desenlaçar o arbusto encoberto
pella escoridão da noite, em luar de Lua baixa.
O vento, que até então fustigara as altas copas invisíveis
do céu silenciara-se para te revelar
ao fundo, no cume do planalto de verde quasi perfeito
que ainda se via já illuminado do Gigante Nocturno.

Todo o animal quietou e se recolheu
como sinal de respeito ao te ver luzir por deante
da natura com tremenda nobreza e humildade
enfeitiçada.

Quis-te tocar o corpo macio de cetim encarnado
e juntar-me a ti como um só sem que ambos nos esquecesse-mos
do outro.
Um interminável momento onde a física pára
e a areia se suspende no Tempo. Para sempre.

A interminável melodia da tua voz
em sussurro no meu ouvido
Com a doce e, ainda assim monocórdica palavra de conforto
de quem me lê por dentro e anui;
Eco do Vento trazido de Orionte
.

Maxwell R. Black
January 08, 2010
03.40am

Receber

É tempo já de escolher. Perder o medo de perder e finalmente chegar a uma conclusão.
Os últimos meses têm sido ‘de dar’. Partilhei de mim a mais do que deveria, na espera de receber algo em troca. Um simples ‘Olá’ e um sorriso me bastaria. Dei-me de mais a gente que o merecia. Retive-me quando não devia e larguei ao vento palavras sem efeito, suadas aos ouvidos de quem as deveria ouvir. Acima de tudo foi um ano de perdas. Perdi parte do que era, a cada pedaço que dei da minha ‘alma’ e perdi-os porque, quem os levou mos roubou. Perdi de quem mais importava por duas vezes e deixei que levassem a minha confiança em alguma vez o voltar a fazer. Não o quero voltar a fazer. Não quero voltar a dizer ‘Olá’ sem me dizerem de volta.
Assim, quero fazer desde ano um ano para receber. Porque me cansei de correr. Quém finalmente quizer luctar por mim, não o impeço mas também não facilito. Chegou a altura de re-definir quem realmente é amigo e quem é um mero conhecido sem importância. Sim, é essa a minha resolução de Ano Novo: que o próximo ano seja de receber.

Maxwell R. Black
January 04, 2011
04.13pm