December 03, 2010

O Segredo. (Um pedaço de mim em ti.)

Como posso eu amar-te se a cada passo que dou
retrahis-te cada vez em ti.
A cada gota que troveja em eterna velocidade
retorno ao nosso passado; apenas eu.
Se a cada silencio pela madrugada te espero
e em mim sinto que te gosto.

Verás algum dia que não te quero tratar por mal
mas apenas ver-te como real,

Beleza, rainha que te impede de te veres
e torna-te tão mais sensível que não sentes a teu redor.

Poderia eu esperar-te por mil luas e sóis
em gotas perdidas ao céu e flocos de branco cahidos na verde relva
e, ainda assim, nunca te veria sem te esconderes
por trás de ti própria.
Poderia até fazer juras de amor sem que alguma vez soubesses
o que deveras vejo nos teus olhos cor de nuvem
e até fazer-te serenatas à janela perdida num de tantos edifícios ao mundo.

E, por mais que pense em voltar-te, falta-me a força
porque me fraquejam as cannelas e cahio sem amparo ao asfalto
que cobre os tijolos a Oz.

Contudo, ao saber-te melhor sei que fiz bem
pois continuas a saber que sempre que as tuas próprias forças
te abandonarem e fraquejares, então eu estarei lá
para te amparar, herguer; Mirar-te a Alma de frente
e dar-te sem palavras a minha força,
um pedaço de mim em ti.

Maxwell R. Black
December 03, 2010
04.07am

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