March 29, 2011

Miro-te, janela Verde.

Do topo do mundo mirei
a janela cuja flama resplandecente
brilhava e plena luz das estrellas reflectidas em rio.
Como a protegi do vento eras tu
que, com temor da sua não existência e calor
desci levemente a madeira carbonizada,
cravando-a no peito; espada
de lamina romba e enfeitiçada
cujo verde de musgo molhado cobre
agora a alvenaria em tijolo, usada e gasta
pelo Homem e pelo tempo e pelo vento.
Vento. Que me leva em sopro
e me sustenta não mais pode conmigo.
Se por ter-te não te posso ter então
é quando mais te quero:
Voar num tapete em direcção à Lua
reflectida no espelho de àgua cravado
em disformes metais polidos e esculpidos
com o cuidado de quem faz uma peça única
A dança do Universo cessou no momento
em que os nossos passos se aproximaram
e te hamparei desajeitado…
Quando a magnifica colisão Celeste
largada de pedaços de rocha incandescente por entre
os anéis de cobre e gelo finalmente se extinguir
nada mais que os vulcões de gás e de lava
Oceanos ardentes de verdejantes mantos de flora
vales de àgua alimentada durante gerações
pelo ouro tão bem escondido e o rubro do sacrifício.
O tapete, saída única de mim em mim
torna-se um feitiço perdido e sem retorno
qual esfera transparente e intocável que reflecte cada côr
reproduzindo em si os cristais do arco-íris
e a tapeçaria da História perdida do Reino.
Uma viagem abordo da nave sem marcha-ré
e de onde o azul ‘neon’ do plasma mostram apenas um sentido:
Os anéis de gelo em Gigantes, os azuis de céus perdidos
mantos de lava por descobrir mas sempre em direcção
as Estrellas.

Maxwell R. Black
March 29, 2011
05.57am

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