April 17, 2011

Aos Anéis de Saturno (Navegando de mãos dadas.)

Navegamos juntos, pelo silêncio da noite
e, do fundo do mundo ouvimos
os ruídos trazidos das crateras mais profundas
de onde rugem as flamejantes labaredas azuis
em que a força da água se perde em vapor.

Pela via, por de baixo do Gigante Branco
seguem os teus castanhos de avelã
mirando-me com placas de ouro em todo tú
e cujos sorriso curioso esboçado em pergunta
me faz sentir que a verdade é não mais
que uma palavra tola largada ao vento;

ribombando com a força de mil trovões
em pano de seda amarrado na dura madeira de carvalhos.
Oceâno cortado à proa
com a força de centenas de soldados brancos
marchando casa a casa de objecto de mármore.

A brisa sossega enquanto miro por lentes
que em deante se vistará a Tormenta de Apollo
ajudado à ira de Zeus e largando sobre(,)
os Céus quando Atlas vacilar no seu pedestal.

Mão segura à tua, lanço-me em frente.
É bom ver-te sentir o vento quando a liberdade
te não mais chega se não em brisa.
É bom ser eu a dar-ta à boca e tu a mim
num beijo tão simples e vital como o líquido
de sangue e cor tão pura quanto tu e eu.

Quando em nébula não mais há: pára.
E quando os Anéis de Saturno sossegam magicamente
da su inércia milenar quando, por breves instantes
a tua visão cruza os meus olhos de oliva cintilante
por te ver; navegando de mãos dadas.


Maxwell R. Black
April 17, 2011
05.32am

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