April 16, 2012

One Stroke

One tear of lingering memory
from a past that is now so distant
water that washes away every trace
of the steps we took on the crystal sand of yesterday.
Time it seems did pass
and you brought to light
a chapter that was left behind
so far back it was lost, locked away.
That was the chapter I died and in this one I've returned
a different person altogether.
A new unnoticed someone
more honest then ever before.

There is no bounding box
and the piano is now tuned
to another song. One of purity.

Me? I've grown way too much
and now I See.

I aspire to the other side of the River
and today I let the wind run free around me
so many brown and yellow falling
but so much yet to come!

(incomplete)


Maxwell R. Black
April 16, 2012
05.30am

March 16, 2012

Momentos que te tornam mais Homem são aqueles que te doem quando estilhaças como vidro pela significância de pequenos gestos.

February 16, 2012

Três voltas em torno do Sol

Fez já 10 dias que celebraste o teu terceiro aniversário, dia 6. Celebrei-o na minha mente (haveria sitio mais apropriado?) mas não te escrevi, por impossibilidade do tempo e da enferma. Sabes, porém que nunca me esqueceria de ti e que não te celebrei os anteriores com justa causa.
Estou aqui, como sempre estive e tu és parte de mim, os meus pensamentos…
Mudámos juntos e maturámos juntos. És o meu arquivo que tanta falta me faz. Seguras na minha bicicleta enquanto lhe dou os primeiros equilíbrios, testes.
Um commigo mesmo. Parabéns a nós (com uma semana de diferença e uma de atraso! :) )


Maxwell R. Black
February 16, 2012
05.08pm

January 09, 2012

Oceâno

Porque nem todo o mar
que revolto bate em pedra
se celebra. O que se vê,
o que se sente é o que
verdadeiramente não importa
pois a refracção em mil
que da luz celeste resulta
rege apenas e só a consciência.

Mas até a espuma da areia se dissolve.
E se esse fluido tão solto
vence o duro então porque não eu?
Difere que eu não te quero luctar
ao invés contigo; ter-te.

E se em tu alma não pertenso,
que bem o sei,
então que raio estou eu a fazer?
Qual é a verdade que mo não digo
e que espero que sejas tu.

Que sentido é esse que me dou
que nem sequer me vejo ao espelho
ou o que vejo é apenas lago
vazio e azul;
A questão, as perguntas continuam a queimar-me
e se te não sentes fulgor então eu
que não comprehendo o que somos.

Porquê ser como àgua e Pedra quando podemos ser um?


Maxwell R. Black
January 06, 2012
06.06am

December 20, 2011

Orion em irmã de Luar


Porque não posso ser-te, cintura
celeste que me negas tão profundamente
quanto mais te amo?



Se sempre te dei do quanto era
sempre te mostraste a mim como
o mais valente guerreiro e, contudo,
tão delicado quando
os brilhantes diamantes que te fazem
mais que pérola e incandescente
da meia-nocturna.

De beleza e manto de breu te cobres para me não mostrares
a tua face occulta.
A verdade escondida de ti,
a beleza do misterioso que manténs
mesmo após a tua descoberta.

Olho-te ainda admirado
como quando ao primeiro dia em que te mirei.
Em ti te guardaste quando te pedi o allívio
de não ser mais Eu e a verdade
guardaste em sarcófago de pedra
para que não te lê-se nunca os olhos
lagos de gelo e mistica que sempre me negaram
mas que me desejam.

Ver-te rege-me como o que não encontro,
mesmo após tentar sentir-te em verde
e gritar-te ao azul do céu que te queria.

Ignoras-me porém que te quero
e agora as salgadas lágrimas do vazio da eterna procura
rasam-me os olhos que te anseiam.

Revela-te a mim e não deixes mais que
o vazio me tome.
Faz-me sentir Homem e dar-te o que é meu
e que a ti apenas pertense. Deixa-me fazer-te a Parte
que me completa, a minha verdade.
Não largues de minha mão ou me abandones
como te dá prazer fazer-me sofrer.

Três apenas. À cintura espada em luar por pano de diamantes.
Oriente.


Maxwell R. Black
December 20, 2011
03.35pm

December 11, 2011

Banalidades

Apesar de ser uma total banalidade e que não me agrada ver no contexto deste blog (pela sua natureza banal) não deixa de ser um desabafo de quem vê a falta de coordenação e incompetência sem que nada possa fazer para o corrigir.
É referente à alteração de Horários introduzida na CP e posta em vigor ao dia 11.

Horário visto, mudança de hábitos:

Para as aulas:
- Apanhar SEMPRE o Reg,
- O autocarro das .20 (quando o há) caso contrário a pé;
- Acordar meia hora mais cedo (min);
- Sair da última aula 30 minutos antes;
- Apanhar o suburbano as .13 (ou esperar uma hora pelo último);
- Chegar a estação de destino e vir a pé para casa;

Para saídas a 6a e Fim-de-Semana:
- Sair do local entre as 11.30 e as 12.30 (FIM DA NOITE, até a próxima!);
- Metropolitano de Lisboa (com as suas cadências de 20min mais Vmáx de 40Km/h);
- Reg das 12.15 em SA / Sub das 12.59 em Oriente / Sub das 12.46 em Entre-Campos;
- Estação-Casa a pé.

Em suma:
- A alteração de horários da CP só me faz perder os autocarros da RL (wtf??);
- O tempo de viagem (unica) ao centro de Lisboa sobe dos 25 minutos para cerca de 35/40 sobre carris e de 15 minutos para 25/30 onde deixa de haver autocarro, totalizando um extra de meia hora na melhor das hipóteses e sem contar com tempos de espera;
- Passa a haver comboios na Linha de Cintura só é pena é o resto das actividades não estar perto desta;
- A noite acaba às 11.30 caso contrário passa-se em Lisboa e sem abrigo até as 6.30 (7 horas de mendigagem, meio dia de trabalho);

Pode ter até ter sido uma boa alteração para as Linhas de Sintra e Cintura mas, mais uma vez, que fica na merda é a Linha do Norte.

November 25, 2011

Bitterness of green

There are these moments
wen you see nothing
blinded by what I can only describe
as rage.

I rises up your entrails
burning like acid fire of green
and the only rational though to mind
is where to burst the boiling lava
that fills your nostrils with the stench
of ignorance and oblivion.

So sudden as the first lightning bolt
that strikes with precise deadlines
just before the rain.

They just happen, these surges.

and then they cannot stop staring.
Why do they silently mock you
with eyes like spears covered in poison.

And the sound. That loud sound that
helps drown the thought
with barren words of pain.
Rugged words as hard as wood
and cold as iron that muffle
your… you.

Promises of nevermore?
A no-when filled with the taste of
bitter wind that boils as it hits the flesh,
blistering the mind and memories
of a perpetual non-existence.


Maxwell R. Black
November 25, 2011
11.51pm

November 07, 2011

Porque a economia interessa...

Em tom de brincadeira começou a discussão mas é uma verdade interessante. Assim, segue a comparação do Euro (€) com o Escudo ($):

- se era 5$ por pastilha, eram 100$ por 20 pastilhas, 200$ por 40 pastilhas

- a .05€ por pastilha, são 1€ por 20 pastilhas.

se 1€=200$4820 significa que, com 1€ comprarias quase 40 pastilhas e meia. Uma redução do poder de compra na ordem dos 50%.

Estarei a fazer as contas erradas? :\

October 03, 2011

Olá.

Tu não me conheces e eu também não me recordo de te conhecer mas precisava falar contigo. A verdade é que nem sei exactamente o que te quero dizer nem a que propósito mas senti apenas uma súbita vontade de te largar umas palavras sem olhar muito onde caíam. Sabes, tenho vontade de ver-te. Desde aquele dia em que te vi andar solo no metropolitano ficaste-me na mente. Diria até que tenho saudades disso. Anda, vamos passear o meu cão como pretexto e ter daquelas conversas intermináveis ao som da noite. Eu pergunto-te como estás mesmo, como está o teu namorado e tu contas-me tudo: as tuas aulas e como conseguiste passar a membro efectivo do grupo, os problemas com o teu pai protector e pedes-me concelhos sobre como voltar a conquistar um velho amigo. Enquanto isso paramos ali em cima, onde está mais escuro. O vento está forte como sempre mas ali é o sitio perfeito para parecermos dois lunáticos a olhar para o céu como quem perdeu algo. Eu aponto-te onde está a Cassiopeia, a Polaris e Orion e tu perguntas-me qual é aquela estrela quase a tocar o rio, no horizonte, tão brilhante. ‘É Vénus’ digo-te eu, feliz por te ver curiosidade. Vou levar-te a casa mas nenhum de nós quer mesmo ir embora. Mas a tua mãe já chama e amanha tens aulas cedo. Sentamo-nos um pouco na tua escada até me dizeres para te levar à porta. ‘Dorme bem.’
Hoje tem mesmo que ser assim mas amanha dormimos juntos! Prometo-te.
Hoje não se passou muito comigo. Porque eu sou o rapaz a quem nada muda da rotina. Saí a mesma hora, apanhei a mesma carreira. O motorista era diferente mas, naturalmente limitei-me a dizer-lhe um indiferente ‘bom dia’ murmurado enquanto lhe mostrava o passe. Felizmente hoje não estava sol. Esteve antes um tempo tropical: húmido e quente. Embarquei no mesmo comboio e depois no mesmo metropolitano saindo na mesma estação: faculdade. Tudo tão mecanizado ou não seria já rotina. As mesmas aulas de sempre, os mesmos professores e os mesmos colegas. Sempre o assunto da outra, ou conversa da treta como se tivéssemos que ser mais do que colegas de sala. Não vêem que não temos que ser amigos? Salvo raras excepções eu fico feliz de interagir no máximo com um cumprimento! Depois saí das aulas. Fui jantar (uma baguete, sai mais barato). Hoje a minha aula de química foi passada a tentar desenvolver um motor a vapôr! Sim, gente aborrecida... Depois saí, tentei ligar para uns amigos à distância (como todos) para ver se havia alguém com um tempinho disponível para mim apenas. Uns estavam no ginásio, outros a jantar com os maridos e famílias, outros em aulas: ninguém. Peguei em mim e fui até à rotunda nova. Apetecia-me andar. Aquele motor ficou-me na cabeça à falta de melhor quebra-cabeças! Fiz as duas avenidas e parei naquele bar onde estivemos uma vez em que andávamos numa das nossas caminhadas. Confesso que, lá no fundo tinha esperança de estares ali, a minha espera como se soubesses por magia que eu lá estaria também. Sentei-me a comer um gelado (manjericão com lima e franboesa) e comecei a desenhar o maldito motor. Escusado será de dizer que me perdi ali durante hora e meia. Segui para Oriente onde encontrei um amigo. Fomos beber um café por ali. Gosto de andar à beira rio e ver as estrelas. É mesmo o único sitio onde o posso fazer. Segui no último comboio e fiz a minha odeada viagem até casa.
Quando for aí a cima vais mostrar-me tudo! Quero ver a neve cair enquanto formos acampar durante uns dias. Nessa noite dormimos abraçados para podermos sentir o calor um do outro. Quero tocar-te a cara e poder olhar para os teus olhos durante tempo infinito e sentir-te respirar ao meu lado. Ou então levas-me a passear nas ruas obscuras da cidade que só tu conheces para eu poder cheirar a noite contigo e mostrar-te a que cheira. Roubar-te um beijo no topo da ponte mais alta e linda. E, na manha seguinte acordo abraçado a ti a ouvir os aviões rasantes ou contigo a tocares piano para mim e trazeres-me morangos com actimel a cama.
Enfim, num dia banal como todos o que mais te queria dizer era que hoje, como sempre, o que mais senti foi saudade de ti. Vontade de te ter a tempo inteiro, de partilhar contigo. E senti a indiferença do vazio por não te conhecer tanpouco. E é com este pensamento que durmo todos os dias agarrado ao travesseiro e acordo na manhã seguinte e vivo todos os dias a tentar esquece-lo ou encher a mente. Agarrado ao ‘um dia’ mas convencendo-me que esse dia nunca passará de pura invenção minha.
Quero saber de ti. Conta-me! :)

September 29, 2011

S. P.

September 25, 2011

Algum dia...

Hoje lembrei-me de ti. E, de repente percebi o quanto de sentido tem esta música. Someday.

September 12, 2011

I wish I had a river.

And even though it's not really christmas today and for the past week this has been all that's been on my mind.

August 25, 2011

Eu? Animal.

Estou suado. Há semanas que não toco em mim. Há semanas que não sinto a carne, o calor. O tesão de sentir algo a agarrar-me (ainda que seja apenas eu). O toque… O toque é do que sinto falta. O sexo em si, o orgasmo não me diz muito. Nunca fez muito sentido. Mas o toque de lábios, o sentir duas caras encostadas, o calor de um corpo tocado de outro, trespassando a roupa e enchendo o ar com o cheiro estranho e, ao mesmo tempo familiar. Mas a vontade… O corpo pede sempre mais. Mais toque, diferente toque. Vontade de despejar a energia com outro corpo sem perguntas, sem complicações sem ter que perceber que posição gosta e apenas fazer o k tenho vontade. Isso ainda há mais tempo. Não um 'até amanha' ou um 'liga-me'. Mas depois de algo vem sempre a pergunta, a vontade e o querer tocar. E um orgasmo já não chega. Quero outro. E outro. E outro. E o corpo já não acompanha a insaciável mente; vontade. E aí? E aí nada mais resta que reprimir a vontade e, quando a janela de oportunidade se abre aproveitar tudo o que se pode enquanto se tem. A mente manda sempre no corpo. Mas às vezes até a mente manda na própria mente. A mente controla a vontade de sexo desenfreado porque, se assim o fosse, nada mais existia. É apenas uma tentativa de controlo, e a isto se resume a vida.

A alguém que não conheço, nunca vi nem falei mas que sei que entende cada palavra.


Maxwell R. Black
August 25, 2011
10.31pm

August 19, 2011

Rodando qual Nave.

Para, escuta, olha
Sente o peso do metal que no metal ressoa,
qual martelo de Ferreiro de brasa empunhado
à força bruta como metáfora
De vía perdida mas sempre recta
e onde os desvios são coisas abstractas:
um contínuo apenas, um talvez de mudança.
Com um regular pulsar de organismo
aguardo cada batida como de primeira;
uma nova, e outra, e outra…
que para ti que não vês te soam iguais
mas que cada uma é única ao Tempo.
Única, é a palavra.
De viagem em metal se cobre tal paisagem
sempre inconstante mas sempre bela
Realidade única como cada instante
fugaz em liberdade de vida
ausente em significado mais que o que se vê (sente)
e cujo verso é tão efémero e impossível
quando o soar da buzina que se perde
em ecos por entre os vales cobertos de verde
e de onde surgem pequenos vultos
mascarados pela distância e perpétuo movimento
pela via.
Cada metro torna-te mais senhora
de imponente importância
e a cada único sentido
Range, contorcendo-te pela dor que
te assenta em cama a cada instante.
Sente cada batida por entre soltas
de saída e entrada constante.
Freia-te quando em vêz para que não mais
te desgovernes adeante e, por fim,
quando o ponteiro negro tocar o outro
será a tua entrada pela velha pedra de moldura
que te resguarda e de onde te sentirás leve
uma vez mais, sem que os pecados estranhos
te assolem, largados ao vento da agora calma visão.
Se teu Braço de Aço roçar alguma vez mais
a plana do passado então terás em ti teu propósito.



Maxwell R. Black
July 31 and August 19, 2011
05.26 am and 2.49 am respectively.