July 09, 2010

Verde prado em fumo branco.

Valerá a pena continuar cavalgando os prados verdes,
por entre as lendárias àrvores dos contos que em creança me enchiam a mente e que agora, se desvanecem em fumo branco; illusão que nunca foi.
Quando as patas do Garanhão do Equador tocarem a leve
areia de prata, não mais restará a realidade com que fiz castelos e hestórias.

Perdida uma vida em que sonhos governavam a realidade.
Idiota a ideia de querer ser mais que um simples algo indefinido;
verdade escondida por dentro do que se sente.
Culpa de não pensar mas apenas sentir a hipothetica realidade das coisas.

Brincar com o que poderia sem perceber quém realmente paga
quém sustenta o sonho do Brincar.

Não hexiste qualquer sapato e o meu cavallo há muito
que branco deixou de ser.
E quando finalmente até o que me propelle desaparece em fumo, caio.
De fronte pelos espinhos e searas antes cavalgadas,
agora solta-se o pó do terreno por arar, ressequido pela tórrida da tarde.
Não hexiste brisa, ou mar, ou céu. Apenas o plano desértico
que me rasga em sangue todo o corpo e me afunda
qual areia movediça.

Não resta mais que um castello de areia depois de uma salgada leva de mar o engolir.

Terra à terra, cinza às cinzas, pó ao pó.

Maxwell R. Black
July 09, 2010
12.42am

2 comments:

  1. Algum pessimismo exagerado, ou será apenas um momento menos bom?

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  2. Neste momento não te sei responder. Mais um adeus a algo suponho. Ao quê? Não tenho noção. Nem sei se realmente quero saber...

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