sem saberes que era eu ou que era para ti
se repararias se eu desaparece-se;
E num silêncio mudo respondeste-me
sem uma única palavra.
Soube aí que todas as minhas palavras
eram, na verdade silêncio em si
E que cada som que eu tomava como meu
Nada mais era do que um bafo transparente
emanado no desespero de ser ouvido.
E depois pensei:
ao menos que não me ouves, pensarás?
mas quatro eternos sóis passaram
por baixo da esfera celeste
brincando com a rima das constelações
e orbitas perfeitas e nada que não
o mesmo silêncio teu a mim chegou.
Não pediste para que eu te tentasse
mas, ainda assim não negaste.
O teu politicamente correcto desapegado
é-me tão intenso e no entanto doloroso
porque sei o que é sê-lo mesmo
sem poder falar; Sei o que é ser abandonado
deixado caído e ferido,
amputado de mim mesmo… Sei-o bem de mais.
Não conheço não sê-lo.
Maxwell R. Black
December 09, 2010
01.11pm
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